quinta-feira, novembro 06, 2003

Halloween

Fizemos duas "grandes atividades" por conta do Halloween.
No dia 31, fomos ao Castro, o bairro gay de Sanfra. Primeiro, concentração na casa do Carlos e da Dani para nos fantasiarmos... Depois, pegar o metrô. Parecia carnaval no Rio. Só que estava garoando e fazia um frio danado. Ao chegarmos no Castro, nos deparamos com uma multidão como eu nunca tinha visto por aqui. E todo mundo fantasiado. Tinha mariachi, Neo (Matrix), e outros. Os que mais marcaram:
- o Mamograma gratuito: um cara com uma caixa na cabeça escrito "Faço Mamogramas", avental de médico e as mãos pra frente querendo agarrar os peitos das desavisadas.
- Os cones: esses foram os mais divertidos da noite. Eram umas 8 criaturas com umas roupas de cone (esses de rua, laranjas) só que gigantescos. Eles andavam unidos por uma dessas fitas de plástico tipo "Do not cross" que a polícia coloca pras pessoas nao se aproximarem de determinados locais. E na frente deles, comandando, uma "guarda-de-trânsito". POis, lá vinham eles dançando e de repente, a guarda apitava, eles faziam um círculo em volta das pessoas, se encolhiam dentro dos cones e quem tivesse no meio, tinha que dançar.
- Uma vagina enorme, com a cabeça no lugar do clitóris.
- Uma galera de carrinho de bate-bate. E eles vinham se batendo e caindo por cima dos outros...
- Várias duplas fantasiadas daqueles caras domadores de tigres de las Vegas. Um deles louro e outro com um tigre de pelúcia preso no pescoço e cheios de sangue.
- Drags lindas de morrer. Uma inclusive pelada, parecia ter saido de um desfile de escola de samba. Só que tava um frio horrível.
Em cada pedaço do bairro, uma banda diferente ou DJ. Mas, nada de bebida. Dizem que esse ano a polícia realmente estava de olho pq ano passado uma pessoa foi esfaqueada...

Bom, nossa segunda atividade halloweenesca foi no dia seguinte, festa da escola do André. Mas, antes tinha churrasco na casa do Carlos e da Dani, com direito a Sofia batendo palmas e cantando com a gente nas horas que passamos com o violão.
Mesmo sem vontade de irmos pra festa, fomos... Eu vestida de Goldilocks (a Cachinhos de Ouro), com peruca loura e vestido de bolinha. E o André de Coalhada!, com um agasalho tipo Adidas do Carlos e minha camisa da seleção. Pros americanos, porém, ele era o Ronaldo de cabelão.
Chegamos lá, a gringolândia mais torta que nunca... Os gays da escola se fantasiaram de hooters (com direito a peruca, shortinho e camisetinha mostrando os peitos). Um deles mal ficava em pé. O mais engraçado era o Rogério, que resolveu economizar na fantasia e comprou uma abóbora gigante, cortou, tirou o miolo e colocou na cabeça. Depois arrumou uma capa laranja e virou o Super Pumpkin. Estava divertidíssimo!
Bom, o cara que mal ficava em pé, começou a se enroscar em mim e tentar passar a mão na bunda do André... Eu hein... DEspachei ele e eu e André fomos conversar com o Graham, um dos nossos melhores amigos. Ele estava fantasiado de cheerleader. Deixei o André lá e fui dançar com minhas amigas. Bem, nós latinos (mulherada incluida), dançamos cada um na sua. As americanas, em vez de se esfregarem nos seus maridos ou namorados, vem se esfregando na gente. Me senti a própria mulata da Mangueira cercada por aqueles ritmistas. Qualé, milha filha, eu sou espada! Melhor sair daqui. QUe bom, estava quase na hora do primeiro ônibus.
Eu e André sentamos na primeira fila do ônibus. Eu com medo de alguem vomitar no meio do caminho... Até que não. A viagem foi tranquila. A não ser no momento em que um aluno muito bêbado acordou, no meio da Bay Bridge e pediu pra parar no próximo ponto. Nós e a motorista quase morremos de rir...
Chegamos sãos e salvos em casa... Agora, só ano que vem...