sexta-feira, janeiro 30, 2004

Brazucas e latinos

Final de semana passado foi muito gostoso.
Na 6a. feira, jantamos em El Cerrito num restaurante de massas bacaninha que tem por lá. Chegamos num horário americano: 7pm. E eu já queria comer o que estivesse na minha frente... Curioso isso. Aqui nos EUA, dá uma fome nuns horários bem esquisitos...
No sábado, dia de laundry. Fomos numa laundry modernérrima que abriu no shopping de El Cerrito. Perdemos a tarde lá. A laundry é tão moderna que não aceita moedas. Vc compra um cartão, coloca dinheiro no cartão e depois vai usando o cartão nas máquinas. Mas, para comprar o cartão, vc tem que ter dois dólares certinho. E, para trocar seu dinheiro, tem que chamar a chinezina que trabalha lá. Ou seja, no final, tem que ter uma pessoinha lá. "Muito moderno isso".
De noite veio o melhor de tudo. A festa de aniversário da Conceição. Ela é um capítulo aparte. Baiana, dona de uma academia de dança aqui em Berkeley, pertinho aqui de casa, na Solano Ave. Tem aulas desde capoeira e samba até pilates e ioga. E ela vende sapatos Arezzo e roupas da Bahia. Já está aqui há 17 anos, é casada com um americano, e tem uma filha linda de belíssimos olhos azuis.
A festa foi um barato. Primeiro, a comida, feita por um amigo dela, cubano. Tinha arroz, feijão, carne de porco. E mais pastel de camarão, acarajé, pudim e mousse de maracujá... Tudo uma delícia. Eu e André não conhecíamos muita gente, então, ficamos perto da mesa de comida... Lá pelas tantas, fizemos amizade com um casal de mineiros. A Angela é de Manhuaçu!!!! Fala sério!! Eles moram pertinho da gente. E ela nasceu em Manhuaçu!!! (pra quem não sabe, Manhuaçu é ao lado de Manhumirim, cidade mineira de onde vieram meus pais). André quase caiu no chão de tanto rir...
Depois de comermos bem, descemos pro basement, onde rolava a música. Parecia que tínhamos sido transportados pra outra dimensão e que estávamos em uma pousada em Arraial d'Ajuda. As paredes pintadas de laranja, muitas coisas em algodão, rendas e crochês... E no quintal, uma rede maravilhosa... Que delícia de casa...
A música começou bahiana, claro, com direito a dois instrumentistas do Ilê-Ayê puxando as coreografias. E a galera sambando como o quê... Depois, foi a vez da salsa. Os cubanos em polvorosa. De repente, formaram três casais e trocavam de damas e cavalheiros a toda hora. Estávamos num show de dança! Foi incrível. Saímos de lá com a alma lavada de tanta latinidade. Delícia!
Estou saindo agora pra um jantar na escola do André e vou passar na loja da Conceição pra agradecê-la por essa noite memorável.